Um Insano no Teclado: 2012

domingo, 28 de outubro de 2012

Função "multitask"





"-Qual é mesmo o número daquela cédula de um dólar que a gente viu na tv?
 - Quando?
 - Não sei, semana passada talvez...
 - Ah! AK 65387594 G..."

    Existem pessoas que foram agraciadas com um dom: memória boa. Não memória boa do tipo que só se lembra de fatos recentes, mas de alguém que tem uma memória capaz de lembrar um fato muito, muito antigo, do qual você se envergonha, e faz de tudo para você lembrar disso.
    Sem falsa modéstia, minha memória não é a melhor do mundo, mas eu consigo gravar placas de carro, CPFs, RGs e números de telefones com muita facilidade. A citação lá no início da postagem é real, aconteceu essa semana, quem pergunta o número é minha mãe, quem responde sou eu.
    Eu não consigo admitir uma coisa: errar números de telefone... Isso jamais.
    Por não errar nunca números de telefone, quando ligo para alguém, não fico horas e mais horas confirmando se é mesmo a pessoa com quem quero falar, pergunto quem é e vou logo falando. Quando é a pessoa então, aí que é bom... 

- HORA DA EXPERIÊNCIA - 

    Na tarde de ontem (29/09), eu acordei, me arrumei e almocei, isto é, coisas que uma pessoa normal faria. "De tarde?"... Isso mesmo, eu acordo tarde mesmo.
    Depois de fazer tudo o que eu tinha que fazer para me sentir um ser humano normal, mesmo não sendo, resolvi me pendurar no telefone e na internet (coisas que eu quase não faço todo dia...). Com planos de minutos, bônus e gratuidade de ligações dentro da mesma operadora, falar fica mais fácil, muuito mais fácil. E falar é comigo mesmo.
    Desde sempre falei muito. Minha mãe, observando isso e ligando ao fato de que eu não sei o que fazer da vida, sempre me sugere ser jornalista, não um jornalista qualquer, mas um daqueles que fica o dia todo falando sobre tudo, ao mesmo tempo.
    Pois bem, com ligações facilitadas, muita vontade e tempo para falar e um celular em punho, comecei a falar, falar e falar. Não só falar, mas ao mesmo tempo que eu falava em um celular, recebia e respondia mensagens no meu outro celular (sim, eu tenho dois celulares. Teria até mesmo cinco celulares, mas haja dinheiro para comprar e manter isso tudo de número. Dois números já está de bom tamanho). 
    Minha função "multitask" fora ativada assim que a primeira ligação foi feita, porque ao mesmo tempo que eu ligava, eu conversava e ainda ouvia música, tudo ao mesmo tempo. Isso foi fazendo com que meus neurônios ficassem engarrafados, num trânsito infernal, o qual gerou muitos "o quê?", "repete..." e "como é mesmo?". 
    Depois de ficar com a função "multitask" ativada, costumo dar um tempo, para que meus neurônios voltem a seu curso normal de trabalho. Sem paciência, não fiz nada para que meu cérebro voltasse a funcionar com potência total, isto é, não parei um momento. Fiquei muito tempo falando com a mesma pessoa e recebendo mensagens ao mesmo tempo, isso fez com que o engarrafamento piorasse.
    Comecei a perceber que a situação estava piorando, com isso, parei uns cinco minutos para respirar. Depois desses infindáveis cinco minutos resolvi fazer outra ligação, para uma amiga próxima, a qual eu apelido carinhosamente de "calanga", "animal" e até mesmo de "inútil".
    Ao discar o número, eu estava certo de que era o número dela, isso fez com que a minha segurança fosse amolada, e minha certeza de que era ela crescesse.
   Depois de alguns instantes ouvindo o toque de espera de atendimento, atende alguém:

(Pessoa desconhecida) - Alô?
(Eu) - Oi sua calanga acéfala!

(Pessoa desconhecida) - Oi?
(Eu) - Que foi? Não reconhece mais minha voz?

(Pessoa desconhecida) - Não, quem é?
(Eu) - Sou eu sua coisa!

(Pessoa desconhecida) - "Eu" quem?

    Foi nesse momento que eu me lembrei do exato segundo em que salvei meu número no celular dessa amiga. E foi aí que tudo ficou complicado:


(Eu) - Esse telefone é de quem?

(Pessoa desconhecida) - Da Carol...
(Eu) - Que Carol garota? Eu sei que é você!

(Pessoa desconhecida) - [risada embaraçosa]

    Eu não a culpo por ter rido, eu riria se um maluco psicótico estivesse me ligando e me chamando de calango!


(Eu) - Você não tinha que ter rido... Eu sei que é você!

(Pessoa desconhecida) - Cara, eu sou a Carol, sério mesmo... Com que você quer falar?
(Eu) - Esse não é o celular da Taís?

(Pessoa desconhecida) - Não...
(Eu) - Sério mesmo?

(Pessoa desconhecida) - Sim...
(Eu) - Ai meu deus, me desculpa... [desligo telefone num ímpeto desesperado de esquecer logo a cagada que havia feito]

    Foi nessa hora que eu me vi diante da resposta para a pergunta que eu procurava: PARA QUÊ EXISTE LISTA DE CONTATOS E POR QUÊ HÁ FOTO NO CONTATO DA LISTA DE CONTATOS DE CELULAR?
- Resposta: PARA ANIMAIS BEÓCIOS COMO VOCÊ NÃO LIGAREM POR ENGANO PARA ALGUÉM QUE NÃO TEM NADA A VER COM SEUS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS!



Multitask: Palavra de origem inglesa que expressa a ação de várias tarefas sendo realizadas ao mesmo tempo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Só o Salto Para Salvar...

 
 
    
    Na minha vida de filho de militar, já mudei mais de 10 vezes de casa, com isso, convivi com todo tipo de pessoas que qualquer um pode imaginar. Se eu já vi bizarrices? SIM, E DIGO MAIS... AS PIORES!

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Em 2009 ainda na minha antiga cidade, me mudei para um apartamento muito longe de onde morava (longe e melhor!).
    Logo que chegamos, achei que não tinha vizinhos (para organizar a história... havia 2 apartamentos por andar), mas alguns meses depois, numa certa manhã, vi muita movimentação partindo do apartamento ao lado, então fui ver. Chegando lá, perguntei se tinham acabado de chegar e a resposta foi surpreendente : "Na verdade, não. Estamos no segundo ano e indo embora." disse a esposa do militar vizinho. Eu não fiquei pouco surpreso com aquilo, para falar a verdade, fiquei assustado : "Então, todo aquele tempo em que eu falei besteiras num tom de voz muito alto, ME OUVIRAM? Não era para ninguém estar aí. NINGUÉM!", pensei muitas vezes comigo.
    No fim do mesmo ano em que chegamos, a família extremamente silenciosa que era minha vizinha se foi, e outra tomou seu lugar. Logo no início, eu e meu irmão mais novo fizemos uma certa amizade com a filha mais nova da família, e minha mãe se identificou bastante com a matriarca que acabara de chegar para ser nossa vizinha.
    A tal família era constituída de quatro pessoas : o pai e a mãe, com duas filhas. Pois bem, a filha mais nova era extrovertida, comunicativa e simpática, a mais velha não era o que se pode chamar de pessoa sociável (deve-se referir à ela apenas como pessoa).
    Não estou aqui para julgar ninguém (mas bem que eu queria), mas a menina mais velha era um porre e nunca me tratava como eu a tratava, então, eu comecei a tratá-la como ela me tratava e como ela deveria realmente ser tratada, com pena e muita distância.
    Enquanto eu me preparava para uma guerra com a menina mais velha, a mais nova era legal e quase da minha idade, por isso, rolava uma certa afinidade. Com essa amizade grande surgindo, frequentávamos, um a casa do outro sempre.
    Num belo dia, enquanto tudo ia bem, fui para o colégio (normal), tive aula (normal), voltei para casa (normalíssimo), e encontrei com a menina mais nova (puts... PORQUE MUNDO CRUÉL?). Quando encontrei com a menina mais nova, marcamos de eu ir na casa dela mais tarde no mesmo dia, depois que eu voltasse do meu curso de inglês. 
    Eu fui para o curso de inglês. A aula acabou e eu voltei para casa. Chegando em casa, a menina mais nova, mostrando uma certa impaciência por me esperar, foi em minha casa me chamar para ir na dela... só que... ela havia deixado a porta meio aberta enquanto me chamava. Quando ela me chamou, eu disse que ia, mas precisava deixar meu material no quarto e, em seguida, encontraria com ela. Depois que eu disse isso, ela exaltou o fato da porta da casa dela estar meio aberta e que eu poderia entrar (uma vez que tínhamos uma amizade impressionante, isso era uma coisa normal).
    Eu fui deixar meu material no meu quarto, tirar os tênis e colocar chinelos. Eu fiz tudo, assim como uma pessoa normal faria. Eu me dirigi à casa da menina, assim como uma pessoa normal faria. Eu empurrei a porta da casa da menina, como uma pessoa normal, avisada das circunstâncias, faria. E EU FUI RECEBIDO POR UMA IMAGEM QUE ME DEIXOU ANORMAL E PERTURBADO PARA SEMPRE!
    No exato momento em que eu empurrei a porta da casa da menina e olhei para a parede que fica bem no fundo do corredor central da casa, fui recepcionado pela imagem da menina mais velha ( que estava um pouco acima de seu peso ideal )VESTINDO APENAS UM SALTO ALTO. Depois de um grito histérico partindo da figura bizarra que me recepcionara, fechei a porta e voltei para casa e, como um autista, agonizei durante dias no canto de um quarto escuro (tá, isso é mentira, mas que eu não consigo dormir à noite por causa disso, achando que aquele monstro me atacaria durante a noite, isso sim, também é mentira! Mas rolou um certo desconforto e perturbação ao ver aquela elefanta mal-educada, passar pelada pelo corredor vestindo apenas um salto alto!)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Luva


 
   
    Acordar cedo para ir para o colégio pode parecer o fim dos seus dias, mas não é! Definitivamente não! Quer saber por quê? Porque ruim mesmo é acordar e continuar inconsciente o dia inteiro, até que vai dormir no fim do dia e a consciência volta, mas já é tarde demais!
    Pode parecer meio "manjado" me referir a mim mesmo como zumbi logo quando acordo, isto é, numa tentativa de sensibilizar os mais velhos, adolescentes andam usando muito essa expressão "parecer um zumbi". Isto é porque de fato não parecem, mas agem, todos em conjunto, como zumbis comedores de cérebro.
    Parecer com zumbis comedores de cérebros até que pode ser aceito para se incluir na sociedade estudantil, mas SER um é sacanagem!
    Desde sempre luto contra muitas coisas que afetam meu dia de forma aterrorizante, uma delas é o sonambulismo, que como já citei aqui na página, é um problema a ser levado em consideração na hora de me avaliar psicologicamente.
    Pois bem... Desde o início do ano, acordo 6:00 da manhã (mentira, 6:30!) e meu ônibus escolar me busca e ao meu irmão mais novo por volta das 7:00. Depois que acordo, começa o circuito: 
(X)sentar na beirada da cama 
(X)calçar o tênis mais próximo e por favor, Deus, que ele esteja com os cadarços em disposição de espelho ( um ao contrário do outro ) - parte entendida por psicóticos e obsessivos-compulsivos de plantão!
(X)levantar  e andar como uma múmia de filme para o banheiro tomar banho, arrumar o cabelo, passar desodorante, perfume, etc.
(X)me dirigir à cozinha para tomar um rápido café da manhã (rápido mesmo, pois o percurso cama-banheiro-cozinha demora 25 minutos, sobrando-me apenas 5 para alimentar-me... Difícil não?).
    Dia desses, houve pani no sistema, pois o percurso cama-banheiro teve um participante inusitado: A Luva! Sim, isso mesmo, A Luva. Na hora de colocar o tênis, sempre faço meu ritual diário, de por a mão por dentro da meia, desvirá-la e então vesti-la. Aí é que mora o problema, nessa parte do processo, eu deveria tirar a mão de dentro da meia e pô-la, mas ao invés disso, continuei com a meia grudada misticamente na minha mão esquerda, com isso, cumpri as outras etapas do circuito com a meia na mão, ou seja, ela estava molhada, cheia de gel, pasta de dente e desodorante. Fui para o ônibus, sentei-me, e só depois que percebi que não estava conseguindo desbloquear meu celular porque estava com uma meia enfiada na mão, ou a mão enfiada na meia...
    Adolescente exagerados, vocês não são zumbis, acreditem! Eu consigo ser pior, sem sombra de dúvida.
    Vou torcer para qualquer dia desses não acordar com a cueca na cabeça. Não que de manhã me arrumando para o colégio eu faça uso de minha cabeça para desvirar minhas cuecas. Vocês me entenderam!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Casais de academia


    Acho engraçado casais de academia. Estão sempre lá, não importa a hora que você vai, pois você vai esbarrar com eles na academia. Parece até que eles dormem na academia, só para ficar por mais tempo malhando.
    Desde que me conheço por pessoa que frequenta academia (como se eu tivesse frequentado muitas academias em minha vida...), percebo que existem esses "Leandros" e as suas "Marianas".

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Em 2010, cansado de tentar emagrecer fazendo natação, porque não há impacto algum, decidimos, eu e meus pais, em me matricular em uma academia que ficava praticamente na porta de minha antiga casa, mesma academia a qual meu irmão malhava.
    Chegando lá, meus instintos observadores e críticos, observaram e criticaram tudo (na minha cabeça), pois eu estava entrando em um ambiente inóspito nunca antes visto por meus santos olhos.
    Depois de fazer minha inscrição, e avaliação, comecei a frequentar a academia.
    Já nos primeiros dias notei uma certa afinidade entre duas figuras frequentes na academia: o Leandro e a Mariana.
    Imaginem: 
 - Leandro - ser-humano do sexo masculino que só malha braço e grita quando faz "supino" e tem canelas mais finas que o braço de meu irmão de 12 anos que pesa 40 quilos, e braços que mais parecem samaúmas. Ah, sem esquecer que é do tipo que fica levantando a blusa no espelho só para chamar a atenção de Mariana.
 - Mariana - ser-humano do sexo feminino que tinha tudo para ser uma menina de família, mas largou tudo para ser uma "funkeira" implacável. Só malha pernas porque se sente insegura (mesmo sendo bonita), por achar que não chama a atenção de Leandro porque suas pernas não são saradas e nem seus peitos grandes. BUNDA ? ESQUEÇA!
    Um dos únicos momentos em que se pode observar uma tensão nessa relação completamente aberta, é quando uma outra piranha se inscreve na academia para malhar (sério?!), e começa a dar em cima de Leandros da vida. De "step" à "fêmea alfa", Marianas assumem seu papel ao lado do macho que foi "visto por ela primeiro''.
    A partir do certo momento em que se vê ameaçada, a auto-intitulada "fêmea alfa", assim como na natureza, começa a demarcar seu território, propondo saídas e encontros a Leandro. Mas o mais importante é que essas saídas e esses encontros teriam que ser friamente calculados, para Leandro e Mariana passassem à frente do curso da tal piranha, e não podia ser de qualquer jeito, porque antes de saírem, Mariana esquentaria as coisas, roubando um beijo de Leandro, levando o mesmo a pegar em sua mão para a caminhada até o destino desejado, imaginado e alcançado por Mariana.

    Exterminando todas as outras piranhas que aparecem à sua frente, Mariana se mantém "funkeira", piranha e o melhor de tudo, a "step" preferida de Leandro, porque não importa o que ela esteja fazendo, se ele assobiar, ELA SEMPRE VAI! 

"Sonambúlico"

Sim, eu sei, fiquei milhares de anos sem postar nada, mas lá vai...






    Desde sempre tive muitos problemas, não do tipo "Nasci numa área contaminada por radiação e meu braço sai da minha orelha três vezes por dia", mas tenho meus problemas.  Sempre fui meio "estragado" (sim, essa é a palavra), diferente de meus irmãos, tive um desenvolvimento complicado e conturbado. Com seis meses de nascido tive minha primeira pneumonia, e depois dessa, mais seis. Isso mesmo, SEIS.
    Mas os problemas não acabam por aí. Quando você é um lindo bebê, sua mãe espera de você um mínimo de horas de sono por dia certo? Não. Minha mãe, coitada, deve ter passado no mínimo uns 5 anos constantemente acordada, porque de 24 horas que há por dia, eu passava umas 40 acordado. Com essa disfunção, vieram os problemas alimentares. Com 7 anos, eu devia pesar menos que gás Hélio. Com cinco anos, desenvolvi um pequeno surto de sonambulismo, que fez com que eu abrisse portas e trocasse de roupa dormindo.
    Com o meu sonambulismo adormecido (engraçado não?), parei de acordar e me levantar para conversar com minha mãe mesmo dormindo (bizarro!), mas continuei roncando mais do que escavadeiras de construção e falando dormindo.
    
- HORA DA EXPERIÊNCIA - 


    Meu sonambulismo deve ter cessado por volta de 2005, quando tive minha última "aparição", digamos assim. Mas em 2008, estudando num colégio que me cobrava pontualidade e rotina, acabei me habituando a fazer quase a mesma coisa todo dia.
    Era mais ou menos assim, eu acordava (4:30 a.m.), me arrumava, tomava café da manhã e saía (5:20 a.m.). É ou não para se acostumar? ME SENTIA UM ZUMBI. Pois bem, numa bela madrugada, realizei todo esse ritual desgastante e saí para esperar o meu ônibus escolar. Só que... naquele dia, não era eu, era ele, o meu outro eu, aquele que levantava de madrugada com os olhos muito arregalados e conversava com quem passava ( o meu lado "sonambúlico" ).
     Nesse dia, eu, inconsciente, me arrumei e saí. Seria muito bom se eu tivesse me arrumado no dia certo, e não num SÁBADO. 
     Voltando... nesse dia eu fiz tudo da melhor forma possível, tudo certo. Me arrumei, e parece até que chamei meu irmão também. 
     Quando eu acordei, me vi em pé, completa e devidamente uniformizado e preparado para ir para o colégio. Mas sabe que horas eu fui despertar? 7 DA MANHÃ! Com um delicioso sol do subúrbio da minha antiga cidade na minha cara, derretendo minha pele. Eu devo ter ficado quase 2 horas em pé, pagando o maior mico do planeta... mico não... KING KONG!
    Bom, pior seria se eu não estivesse vestido... ou de pijama...  4 anos se passaram e eu não me decidi sobre qual situação seria pior.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Controle absoluto


-Se eu sou doente? Sim!
-Se eu sou problemático? Sim!
-Preciso de ajuda? SIM!
-Se eu assumo? Sim!
-Se eu me expresso durante um conflito interno imaginário? NUNCA!

    Todos passamos por situações horríveis, constrangedoras e insuportáveis na vida, não é mesmo? Mas, uma coisa que muitos não sabem, é que na maioria das vezes, você pode estar sentindo repulsa, mas SE RECUSA  a transparecer expressões e emoções.

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Desde que comecei a frequentar academia, faço-lhe visitas frequentes (para se mais específico... TODO SANTO DIA!) e, como não sou muito normal, vejo problema em tudo, mas um problema vem me ocorrendo desde o início de minhas atividades rumo ao emagrecimento efetivo.
    A minha academia não é o que posso chamar de BodyTech, mas é boa. O que eu não consigo conceber, são aqueles emborrachados quadriculares e antiderrapantes que revestem o chão da academia. Em parte porque são meio velhos e, por isso, desgastados, mas é horrível ter que olhar para eles e verem que estão tortos e não poder fazer nada. NADA!
    Como já disse antes, tenho Transtorno Obsessivo Compulsivo (ou "TOC") e o meu TOC se concentra principalmente em superfícies geométricas perfeitamente alinhadas, ou seja, já vou para a academia pronto para ver e sentir minha pressão subir de puro nervosismo e frustração por não poder fazer nada!
    É mais ou menos assim:

    Eu chego na academia com a mente concentrada na música que inconscientemente eu coloquei no último volume para não prestar atenção no universo infernal da dor que me rodeia. Aí eu começo a aquecer naquela maldita esteira, que eu ando, ando, ando e não chego nunca. 
    Já aquecido, começo a me preparar, me agarro a um pulverizador de álcool e vou...
passo nº1: Pego, na ordem crescente, os pesos que vou utilizar e coloco no aparelho;
passo nº2: Vou sentar, mas meu cérebro me faz lembrar que sou muito problemático para utilizar um aparelho com células de outras pessoas, aí, entra em ação o santo álcool!;
passo nº3: Aparelho limpo e regulado, sento no lugarzinho para me exercitar... e acontece o pior... eu olho para o chão;
passo nº4: Me desespero muito e penso: "Não. Agora não. Já estava torto e assim ele vai permanecer... se concentra na sua série... concentra!";
passo nº5: Percebo que não consigo me concentrar, mas tenho que continuar a minha série. No final das contas, eu faço todas as repetições mais rápido, não sinto dor alguma, me levanto e não arrumo o emborrachado... e ele fica lá torto.

P.S.: Finalmente encontrei a causa de muitas noites mal-dormidas!

domingo, 22 de abril de 2012

O jeito foi gritar "cu"




"CUUUUU, vem cá!"



   Um episódio que vai ficar para a história, foi a primeira (e última) vez que chamei minha cunhada de "cu", no meio de um shopping lotado na época do natal.


- HORA DA EXPERIÊNCIA -


    Eu devo ser muito maluco, e quem melhor para me auxiliar nessa minha maluquice extrema senão minha cunhada?
    Ela tem seis anos a mais que eu, mas como ela sabe se expressar em qualquer circunstância, dirigindo-se à qualquer idade sendo compreendida com aproveitamento, e eu também sei me comunicar com "tudo quanto" é idade e maturidade, nos damos muito bem.
    Estávamos nós seis (a família toda), passeando pelo shopping, quando entramos numa livraria bem conhecida. Ficamos perambulando sem nada para fazer, naquela livraria ENORME E LOTADA DE GENTE.
    Sempre que ia à "tal" livraria, me dirigia sempre ao stand dos eletrônicos, porque não vivo sem eles. Depois de dar uma olhada nos últimos lançamentos do mundo dos eletrônicos, acabei me desgarrando do grupo. Fiquei procurando-os por longos trinta segundos, quando avisto no meio daquela baderna criada pela multidão... minha cunhada. Estaria eu salvo? Estaria eu de volta ao meu ao meu aconchego e não precisaria dormir na rua porque não os achei?(preciso de ajuda rápido).
    No exato momento em que avistei minha enorme cunhada no meio da multidão, me ocorreu um fato nunca antes visto: eu esqueci o nome dela. Foi horrível, eu estava vendo ela se afastar em direção à porta da loja, ficando mais distante a cada milissegundo que se passava e eu entrei num conflito interno conflitante (SÉRIO?), isso mesmo cunhada, eu um dia, uma vez, por um segundo, esqueci seu nome. 
    No meio de toda aquela confusão, já fui me imaginando dormindo em cima de um papelão sujo e me cobrindo com jornal. Seria ela a minha salvação?
    Depois de me odiar e auto-flagelar muito, minha única atitude bem sucedida em meio à tanta desgraça foi gritar o apelido carinhoso por mim dado à minha cunhada... "CUUU!". 
    Todas as pessoas ao redor de mim ficaram em um silêncio súbito e maldito, com um olhar de censura horrível e maldito.
    Fazer o quê? Para me livrar das ruas, o jeito foi gritar "cu".
    Depois que eu retornei à ''formação'' meu pai faltou me espancar lá mesmo, por ter gritado esse apelido tão peculiar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Que tal uma rapidinha?

Como eu me concentro?


"Paralelepípedo,Paralelepípedo,Pa-ra-le-le-pí-pe-do..."

    Quem, diante de uma situação estranhamente constrangedora e engraçada, consegue se manter firme e forte sem dar gargalhadas?
    É difícil, em algumas situações, você se manter elegantemente calado.
    Eu tenho o riso escandalosamente frouxo e contagiante. 
    Diante de certas situações, ninguém desejaria estar perto de mim. Eu sou do tipo que ajudo quando a pessoa cai (literalmente), mas só depois que eu já me recuperei das crises de risos.
    Nunca conte comigo para te ajudar depois de um tombo, porque se tem uma situação em que não consigo me controlar, é o tombo.


- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Estava eu, passeando com meus amigos, numa das vilas militares perto de minha casa (que fica em uma dessas), quando um de meus amigos, que adora andar de skate, em qualquer lugar e circunstância, resolveu, adivinha? Andar de skate. A rua a qual estávamos passando, não era nem bem pavimentada, nem livre de pedrinhas. Então, o moleque retardado teve a brilhante ideia de andar de skate, quando de repente, o skate trava e eu percebo que o moleque se sente numa situação de gravidade zero e cai de peito aberto no chão...
    Eu tentei, através do meu método de me manter calmo, repetir palavras grandes: "Paralelepípedo,Paralelepípedo,Pa-ra-le-le-pí-pe-do...".

MAS NÃO CONSEGUI ME CONTROLAR. RI ATÉ CAIR NO CHÃO. DESDE ENTÃO, NÃO SEI PORQUE, O MOLEQUE NEM OLHA MAIS PRA MIM. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Quem disse que cunhado não é parente?

    "Você já parou para pensar que a sua existência hoje aqui neste planeta só é possível porque à 32 gerações atrás, 4294967296 pessoas foram bem sucedidas em suas relações sexuais procriativas? Precisaram-se de dois pais na primeira geração antes de sua chegada, quatro avós na segunda geração, oito bisavós na terceira e assim por diante."


    "Se cunhado fosse bom, não começava com "CU"!"

    Acho um absurdo essas pessoas que não se dão bem com os cunhados, não me satisfaço com nenhuma desculpinha retardada sobre ''o mal dos cunhados".
    Nunca fui de namorar, não que eu pense que é perda de tempo , mas sou criterioso, e a primeira e última pessoa que eu achei que era perfeita para um namoro durante minha adolescência, provou-se uma perfeita piranha! Depois desse episódio, o qual os detalhes não vêm ao caso, me tornei insuportavelmente criterioso e desleixado com esse assunto... passei-o para o escanteio! 
    Ao contrário de mim, meus dois irmãos sempre foram bem requisitados a namorados, por isso, sempre tive muitas cunhadas. A última delas, a atual namorada de meu irmão mais velho, é a minha preferida de todas!


- HORA DA EXPERIÊNCIA -


    Minha cunhada preferida é uma coisinha muito engraçada. Com incríveis 1,51 e 1/2 metros de altura, a menina é a melhor.
    Sempre digo que ela tem uma alma de 3 metros, só pode, aquilo ali tem um sangue quente que não cabe nela, e é engraçada viu?
    Experiências não são nada. Só o fato de nós nos chamarmos de "cu", já comprova o quão afetiva é nossa relação!
    Estávamos nós seis (sim... eu, meus irmãos, minha cunhada, e meus pais), isso mesmo, ela já é parte da família. Então, estávamos nós seis num shopping. Foi então que minha mãe teve a brilhante ideia de ir escolher roupas numa loja bem conhecida na minha antiga cidade. Elas duas foram de mãos dadas até a área dos provadores, logo depois de terem entulhado a vendedora de vestidos para provar. Minha cunhada escolheu suas peças antes de minha mãe, e como nos camarotes só mulheres entram, minha cunhada ficou para auxiliar minha mãe em suas escolhas. Foi quando minha mãe saiu da área dos provadores para escolher uma peça que lhe cairia melhor do que as provadas anteriormente. Minha mãe e minha cunhada foram de braços dados às escolhas. 
    Depois de demorarem uma eternidade para escolher peças, minha mãe dirigiu-se aos provadores para vestir suas peças, e minha cunhada foi falar com meu irmão.
    Eu não sabia o que estava se passando, mas minha cunhada chamara minha mãe de "mamãe", para tentar achá-la em meio a tantos provadores. Isso já havia ocorrido em outra loja, mas eu não tinha conhecimento dos fatos até aquele certo momento.
    No momento em que ouço uma voz conhecida gritando "mamãe'' em meio à tanta confusão, e outra voz mais conhecida ainda respode "estou aqui bebê", sofro um choque de realidade, dois AVCs, seguidos de um pequeno "Flashback", para tentar achar a causa de minha cunhada chamar minha mãe de mamãe.
    Admito, rolou sim um ciúme que passou em poucos segundos , tipo: "ELA É MINHA MÃE, MINHA, SÓ MINHA! NÃO SUA!". Mas depois que notei uma certa afinidade entre as duas, porque não? DEIXA ELAS SEREM FELIZES!!!
    Mas que rolou um choque, isso sim rolou!

domingo, 1 de abril de 2012

Ouvindo música

"NEVER MIND I'LL FIND, SOMEONE LIKE YOUUUUUU...I WISH NOTHING BUT THE BEST, FOR YOUUUUUU TOOOOO..."


    Música é importante para tudo. Desde uma caminhada a estudar para uma prova. 
    Eu, particularmente, não consigo viver sem música. A música serve de incentivo à muitas atividades. Um jazz, serve para te acalmar de casa ao trabalho/colégio. Um dance, quando você está indo para um lugar animado, ou pura e simplesmente para se sentir melhor. Enfim, ser eclético tem seu lado bom: sempre ter música para ouvir... em qualquer circunstância. 


- HORA DA EXPERIÊNCIA -


    Em Maio de 2010, meus pais viajaram em mais uma lua-de-mel. Foi uma semana viajando. Quando voltaram, me trouxeram um aparelho de som muito desejado no mundo, o iPod. Desejei esse iPod por anos, desde que meu pai foi para uma missão de paz (lembram-se?Meu pai é militar...) e trouxe um para meu irmão.
    Minha mãe veio para a cidade a qual morávamos e meu pai seguiu para a cidade a qual estava em missão.
    Minha mãe chegou no dia 10 de Maio e, no mesmo dia, à noite, eu tinha uma festa de debutante para ir (15 anos). Da minha casa à festa, eu levei mais ou menos uns trinta minutos, então... foram trinta minutos cantando muito alto lá no fundo do ônibus que havia sido fretado. Não sei porque, mas não prestei atenção à festa porque estava muito entretido com meu brinquedinho novo!
    Enquanto todos estavam dançando (muitos até o chão...na verdade, muitAs...haha), lá estava eu num canto mexendo no pobre coitado do iPod.
    Acho que ela se sentiu mal, mas pessoinha... me desculpa?haha
    
    Depois de muito me relacionar bem com a música, foram surgindo histórias engraçadas da minha relação íntima com a músicas...


- EXCEPCIONALMENTE...HORA DA EXPERIÊNCIA 2-


    Nunca fui muito de ficar parado e/ou em silêncio, para mim, o silêncio é torturante. Continuando... nunca fui quieto... mas depois que eu ganhei meu iPod, toda a minha hiperatividade deu uma potencializada!
    Quem me conhece, principalmente o pessoal da minha antiga cidade, sabe que eu me tornei completamente dependente dessa tecnologia tão fascinante que é o meu iPod. Não consigo me separar dele, é quase uma tortura quando eu tenho que me separar dele quando vou dormir, por isso, deixo ele tocando no meu criado-mudo a noite toda.
    Ele se tornou parte de mim. Ninguém me vê sem meu iPod.
    Então... todo dia vou para a academia mais próxima de casa, armado com meu iPod, não no último volume, porque isso deixa a gente surdo, mas num volume considerável e agradável.
     Ao chegar à academia, como dito anteriormente, já faço cara de derrotado, morto e esgotado, mas quando eu subo na esteira, boto todas as músicas que eu sei cantar (difícil escolher, até mesmo porque meu transtorno obsessivo compulsivo me faz querer saber cantar todas as 327 ), como a escolha é difícil, eu boto as mais agitadas, para eu me envolver, cantar e me distrair de todas as dores e esforços empregados nessa torturante máquina.
    No exato momento em que começo a caminhar, aumento o volume, só para camuflar o esforço inicial. Acelero e começo a correr e ao mesmo tempo coloco uma música bem rápida e bem complicada para cantar, estilo música de academia mesmo. Quando começo a me empolgar, vou começando a cantar bem disfarçadamente, quer dizer, cantar não, eu só mexo a boca sabe?
    É só eu começar a correr para começar a mexer a boca o mais escandalosamente possível. Sabendo cantar a música toda "tim tim-por-tim tim" fica bem mais emocionante e bem menos cansativo e dolorido o processo de emagrecimento.
    Eu devo ser muito conhecido na minha academia. Sou o maluco que canta como se fosse no palco do "Domingão do Faustão", limpo todos os aparelhos que uso, e coloco os pesinhos para o "Tríceps Fracês" na ordem certa: os pretinhos menores primeiro, depois os pretinhos maiores, depois os prateados, depois dos verdes e depois os pretos maiores.
 


PS: O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: LER OS TEXTOS DE "UM INSANO NO TECLADO" CAUSA DANOS MENTAIS. E OUVIR MÚSICA EM APARELHOS DE SOM NO ÚLTIMO VOLUME, CAUSAM DANOS À SUA SAÚDE FÍSICA E MENTAL!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Dinâmicas de grupo


"Vai lá fulaninho...é a sua vez!"

    Dinâmicas de grupo são embaraçosas e ao mesmo tempo engraçadíssimas (lógico...quando não é você que "paga o mico").
    Essas malditas acontecem em todo lugar, da primeira aula de filosofia, àquela entrevista de emprego.
    Mesmo não tendo vivido muito, procuro me informar sobre experiências futuras que provavelmente farão meu coração disparar, e meus poros cutâneos se inundarem de um suor maldito que não perdoará nem meu desodorante de jato seco. De palitos de fósforo que foram feitos para queimar mais rápido a micos a serem pagos na frente de todos, dinâmicas de grupo foram feitas para desgraçar sua reputação e te traumatizar para sempre.

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Estava eu no meu colégio novo nos primeiros dias de aula...eis que entra na sala, na manhã de uma quarta-feira que já não estava boa, a professora de filosofia.
    Essa professora é muito legal, mas o que deixou a aula mais legal ainda, foi a realização de uma dinâmica de grupo proposta por ela (tentar fazer ironias quando se escreve não dá certo de jeito nenhum). A dinâmica consistia em escrevermos um "mico" para um amigo pagar. A brincadeira começou e a professora sorteou o primeiro nome, o primeiro aluno se levantou e leu o "mico" proposto, e depois de um breve silêncio para uma rápida e profunda reflexão da "desgraceira" que essa brincadeira estava prestes a acarretar, a professora toma ar e diz: "Vai, pode fazer.", o aluno, ainda assustado com o choque, diz:" Fazer o que "ssora"?", a professora embarcara numa crise de risos sem fim quando disse:" Gente, essa brincadeira foi feita para mostrar para vocês quão ruim é o que vocês desejam aos outros". O caos se instalou rápida e severamente. O QUE TINHA DE GENTE MUDANDO O MICO ERA IMPRESSIONANTE, a maioria deles, depois da revelação bombástica, envolvia silêncio, a cadeira, e ficar sentado. Eu não! Mantive com honra meu "mico" até o final. O meu "mico" era : "Ensinar a professora a dançar "Macarena"..."...é isso mesmo, "Macarena", para quem não sabe, "Macarena" é uma música apreciadíssima pelos apreciadores de festas de aniversários em que todos ficam de porre e numa determinada parte da festa, ninguém mais se entende e todos começam a "balbunciar" as letras das músicas, até que surge essa música, e o que todos sabem cantar dela é : "êêêêêê Macarena...ayyy!".
    Pelo visto, minha professora era uma dessas pessoas que só cantavam o trecho anteriormente destacado...vou explicar porque.
    Quando ouvi a voz dela penetrando em meus ouvidos dizendo que iria escolher o próximo nome, me apressei para ver quem seria o "infelizardo". Ela sorteou, pegou um papelzinho da urna que ela havia improvisado na sala mesmo, abriu o papel... E LÁ ESTAVA...O MEU NOME...destino, eu te odeio com todas as minhas forças!
    Logo após ler meu nome em voz alta, ela olhou para o que eu chamo de "horizonte de escape", que é só o meu jeito pretensioso de descrever o momento embaraçoso que os professores passam quando ainda não sabem os nomes dos alunos e propõem uma dinâmica, aí quando leem um nome, olham para o meio da parede do fundo da sala com cara de perdidos, isso que é o "horizonte de escape".
    Voltando...ela leu o meu nome e eu tive vários ataques cardíacos seguidos de breves oscilações bruscas de pressão e temperatura. Depois de soltar aquele incontrolável sorrisinho de "estou-sem-graça-por-levantar-da-minha-cadeira-na-frente-da-turma-toda", tomei postura, ar e li o meu "mico" proposto. Quando terminei de ler, ela me chamou na frente para realizá-lo e eu disse que não ia nem amarrado!
    Ela não poupou esforços para me ver pagando um "mico" legal!... se dirigiu à minha cadeira  começou a realizar o "mico" comigo. Lembram-se que eu disse que  música era apreciada pelas pessoas bêbadas de final de festa que não sabem a letra e só gritam partes? Então...minha professora tinha uma certa afinidade com esse grupo!
    Eu sei cantar essa música, e depois que eu comecei a dançar e cantar a música, a professora (mesmo eu tendo cantado o mais baixo possível) percebeu que eu sabia cantar a tal badalada música. A surpresa dela foi tão arrebatadora que o grito que ela soltou, acordou os defuntos que descansavam lindamente ao som de nada, na órbita de plutão (tá bom...tá bom, ela não gritou tão alto, devo deixar de ser exagerado!).
    Quando eu abri a minha maldita boca para cantar a maldita música com letra desconhecida, sofri, além de ataques cardíacos e oscilações bruscas de pressão e temperatura, sofri AVCs seguidos (AVC= Acidente Vascular Cerebral ... DERRAME). Após minha série de AVCs, esqueci como se dançava, cantava,respirava, enfim...tudo. A sorte, é que a minha professora sabia dançar, e sabia a parte do grito, então tava beleza!
    A professora salvou minha vida, por que no momento em que eu esqueci o rumo da vida, além de passar por tudo, meus problemas se afloraram de tal forma que apenas uma explosão nuclear me acalmaria (para vocês terem uma ideia), tudo me atacou, minha esquizofrenia, psicose, e até um aneurisma (rompimento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro em decorrência de uma grande pressão psicológica sofrida).
    Enquanto tudo isso me ocorria, meu complexo de perseguição ia se agravando cada vez mais, me fazendo tremer e consequentemente enlouquecer.

- "PRECISA-SE URGENTEMENTE DE AJUDA, RÁPIDO!"-

quarta-feira, 14 de março de 2012

Academia




"Você vai fazer "cinco de vinte" , não , melhor ... você vai fazer "dezessete de quinhentos" ..."
Personal trainers de plantão ... sou flácido e sedentário , mas existe uma coisa chamada tempo ... por favor , não matem seus novos alunos!

    Glossário : ACADEMIA : do latim : sofrerus de dorus
                                              do grego : meusdeusus quidores


    Ir à academia é um sofrimento sem tamanho. Antes de ir fazer a avaliação, você se prepara mais psicologicamente do que fisicamente (acho que é por isso que dói tanto).
    As semanas que antecedem uma avaliação com um(a) professor(a) bombadão(ona) são compostas por estágios de puro sofrimento e auto-afirmação : "Preciso emagrecer, preciso emagrecer, preciso emagrecer, preciso emagrecer, preciso emagrecer, preciso emagrecer... mas espera aí... eu não estou tão gordo assim... nãããão, não estou tão mal, estou só inchado, por causa da retensão de líquido!" 
    Mas o que ninguém diz, é que academia é horrível. Você paga para entrar num ambiente conturbado, barulhento e masoquista ao extremo.
    Você não vê ninguém fazer uma série de 20 repetições de bíceps e tríceps com 2500kg sorrindo. Por isso que a partir do momento que eu entro na academia, já faço cara de dor e sofrimento... só para me acostumar sabe?... com o astral da academia.
    Entrar numa academia não é ruim... mas quando você entra na academia por causa de uma situação de emergência não é legal.
    Quando você vai para a academia, começa: Esteira... chama o professor, pega peso... chama o professor, FAZ TUDO... chama o professor. É foda também, quando você tem que utilizar um aparelho e você não se lembra como se regula aquela MÁQUINA MEDIEVAL DE TORTURA... aí você chama o professor de novo (coitado).
    Aparelho regulado, esterelizado e arrumado, pronto. Você começa a fazer sua série. Assim que você faz os primeiros movimentos naquela máquina medieval de tortura, sente seus músculos esticando como se fossem chiclete, e doendo como se estivessem sendo arrancados, e como disse antes, você não vai sorrir com essa dor toda. Você pode até colocar um rock pesado no último volume do seu aparelho de música para distrair a dor, mas ela insiste e consome todas as suas energias distrativas.

- HORA DA EXPERIÊNCIA -


    Esses dias, tomei coragem e força e fui finalmente fazer minha avaliação na academia perto de minha casa. Porém, pessoas problemáticas deveriam ser proibidas de entrar em ambientes fechados cheios de gente.
    Eu, por exemplo, sou muito problemático, com tudo! Com os problemas que tenho, eu devia ser banido da vida em sociedade. Eu sofro de "TOC" (Transtorno Obsessivo Compulsivo) do pior grau possível (mentira. É leve, mas às vezes me descontrolo). O meu "TOC" clama por superfícies geométricas bem alinhadas e muita limpeza em lugares públicos (no caso... a academia). Por exemplo, eu na academia NÃO CONSIGO UTILIZAR UM APARELHO QUE EU NÃO TENHA PASSADO ÁLCOOL ANTES E TAMBÉM NÃO CONSIGO USAR OUTRO APARELHO SEM LIMPAR O QUE UTILIZEI POR ÚLTIMO... É COMPLICADO. Olha aí o meu "TOC" atacando.
    Fora o "TOC", tenho também um princípio de Esquizofrenia, então, não consigo entrar num lugar fechado, cheio de gente vestindo um short curto e uma blusa justa que logo acho que todos me olham o tempo todo. Não consigo me movimentar direito pensando que todos vão rir se eu fizer uma coisa errada ou não souber operar algum aparelho que eles dominam (isso é preconceito e segregação... afinal, eles nasceram sabendo fazer isso?).
    Estou eu lá na esteira me aquecendo normalmente. Até que o tempo de esteira acaba e me sinto ser decapitado pelos que me rodeiam, ou seja, uma hora eu não vou saber mexer em algo e eles vão rir de mim e vão me ridicularizar na frente de todos (se controla. Seja foda. Você é foda. Eles são uns visigodos... não preste atenção neles... afinal, de quem estamos falando mesmo? Só tem você aí... não tem ninguém à sua volta... pára com isso!).
    Chega o professor que está montando a minha série e tem a brilhante ideia de me levar para malhar braço (não sou o que chamam de gostosão, mas tenho meus requisitos avantajados, incluindo barriga e pernas! Se é que vocês me entendem!), aí o professor me conduz para aquela área sofrida e lotada o fim da academia, onde os que se encontram reunidos possuem a circunferência da minha barriga nos braços. Chego eu, novo, sem calos nas mão, sem luvas também, com um fone no ouvido e outro não, com uma expressão neutra para não parecer uma afronta a esses que então reunidos e não uma expressão de medo, afinal, o que eles podem fazer comigo? Rir de mim? Eles não fazem isso, eles não são animais.
    O professor ajusta a carga que será imposta no meu exercício e lá vou eu, confiante de que vai dar tudo certo no final. Começo a fazer o exercício com uma certa facilidade. Olho para o centro do aparelho, e lá está: uma plaquinha de 5kg. Faço ela subir e descer, com as cordas deslizando por entre as polias do aparelho. Olho para o lado e não sei ao certo se contei direito, mas o cara do meu lado devia estar levantando só com uma mão, umas doze plaquinhas de chumbo (ou sei lá o material daquilo), e eu, morrendo na terceira repetição, fazendo a plaquinha se mover de baixo para cima com as duas mãos. Eu penso: "Faz logo isso e se manda daí.", e é o que eu faço. Realizo com aproveitamento as duas séries de vinte repetições e me mando.
    Depois de morrer mais um pouquinho nos aparelhos, é a hora do abdominal. O professor me manda fazer "duas de quinze", e é só o que eu consigo fazer no momento, afinal, minha barriga não é forte. É GRANDE. Faço os abdominais morrendo, e vou lá na entrada da academia buscar um esguicho de álcool e o paninho imundo para limpar o colchonete suado de vergonhosos trinta abdominais. Enquanto limpo o meu colchonete, chega um animal GIGANTE para fazer abdominais, e eu, me achando, demoro mais para limpar meu colchonete só para ver se ele conseguia fazer o mesmo que eu. E ele consegue. À medida que ele foi fazendo eu fui torcendo :"Cansa logo para eu manter minha dignidade normal e não cortar os pulsos quando chegar em casa por que eu não consigo fazer mais que trinta abdominais". E o maldito cansa. Depois de realizar cinquenta abdominais ele levanta para beber água e eu saio. Quando eu vejo, eu estou em outro aparelho e o MAMUTE TÁ FAZENDO ABDOMINAL AINDA. Termino logo de fazer tudo e vou embora com um gostinho de "quero mais" e no outro dia volto dolorido e com vontade de fazer mais abdominais, mas estou dolorido demais para passar da quota de "uma de cinco" morrendo!

sábado, 10 de março de 2012

Compras de fim de ano




"Não , nesse não se guarda dinheiro . (risada maléfica)"

    Todo mundo com certeza tem uma história de cofrinho para contar. A maioria delas começa com um problema na fiação elétrica de casa, ou até mesmo um problema na internet, o que te fez precisar do auxílio de um profissional da área.
    Muitas também falam da moça "rechonchuda" que aguardava um ônibus no ponto e até aquele técnico de internet ou TV.
    Todas começam engraçadas, só engraçadas, falando sobre o cara das calças baixas que aguardava a sua vez na fila do banco, e terminam hilárias, com muitas crises de risos.

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Estávamos eu e minha mãe na fila do supermercado na época do Natal e do Ano novo (época popularmente chamada de "época de festas"), ou seja, supermercado cheio e consequentemente muitas bizarrices. Mas uma nos chamou a atenção ... nos chamou a atenção coisa nenhuma, FEZ QUESTÃO DE FURAR NOSSOS OLHOS .
    Encontramos com uma figura cômica e bizarra ao mesmo tempo. Era um cara de meia idade, que aparentava ter seus quarenta anos (parecia ser um cara normal, no supermercado, na época do Natal... mas com certeza não era!). Então, este homem possuía uma barba mal-feita nojenta, um cabelo escuro estilo "black-power" de tamanho não tão chamativo, uma barriga de chopp escrota (nada contra barriga de chopp, mas há aquelas escrotas, e há as mais disfarçadas sabe?) e MEU DEUS, dentes muitos separados e uma "monocelha" berrante que mais parecia uma centopeia acima dos olhos esquisitos daquela figura peculiar.
    Foi aquilo o que nos recepcionou bem na entrada de um supermercado onde só se encontra disso nessa época. Minha mãe viu primeiro, coitadinha dela. Depois que a maldita viu e que já havia ficado cega por causa DA COISA, a maldita me cutuca e aponta na direção do "homem peculiar", digamos assim.
    Então, eu olhei para o homem e olhei para minha mãe em seguida. Foi que nem cena de filme sabe? Eu e minha mãe nos entreolhamos e começamos a rir louca e contidamente.
    Depois que nos entreolhamos e rimos "pra caramba", continuamos as compras de Natal, que eram muitas, pois a família de minha mãe vinha comemorar a vinda do "Bom velhinho" de gorro vermelho e a passagem do ano. Nessa época as compras são especialmente esquisitas e exageradas. Uma prova disso foi uma moça que vimos circulando por dentro do supermercado com dois, ISSO MESMO, DOIS carrinhos de compras lotados até o limite de pacotes de rolos de papel higiênico. AI MEU DEUS, aquela moça deve ter sérios problemas com o sistema sanitário de casa, porque pela quantidade de pacotes de papel higiênico que ela estava a adquirir, o sistema sanitário da casa dela devia viver congestionado e/ou entupido. Foi um baque ver aquela mulher aparentemente magra adquirir aquela quantidade absurda de pacotes de papel higiênico. "Vai ver que é por isso que é magra. Preciso bater um papo com ela!", brincou minha mãe, e eu rebati:" Faz isso que eu chamo agora a equipe de um hospício qualquer para te levar "sei-lá-para-onde" à força!". Aquela ida ao supermercado não era para ser normal mesmo.
    Para completar mais um pouco a nossa quota de bizarrice diária, vimos uma família feliz e sorridente adquirir UM CARRINHO CHEIO, INTEIRO "ATÉ A BOCA" de garrafas de um litro de óleo de cozinha. GENTE, O QUE ACONTECE COM AS PESSOAS NESSA ÉPOCA? QUE SELVAGEM!
    O universo ainda não estava satisfeito em destruir e traumatizar a minha vida e de minha mãe. Ele precisava de mais um pouco, precisava "cagar" mais um pouco a minha sanidade mental.
    Após chegarmos ao caixa, vimos a atendente tentar resolver algum problema, o qual não sabíamos a causa. Achamos que não era nada de mais, e começamos a colocar e enfileirar nossas compras na esteira do balcão. Fomos depositando nossas compras na esteira do balcão cada vez mais devagar, porque o problema parecia não ter resolução. Resultado: esperamos em uma fila de supermercado na época do Natal (já podem imaginar o "tamaninho" da bebê!), ficamos ali, por meia hora, e mais meia hora esperando o problema ser resolvido. Depois de ficarmos duas semanas esperando (tá...foi só meia hora...), veio o gerente filho de uma puta e disse para minha mãe:"Tivemos um imprevisto, minha senhora... teremos que resolvê-lo agora e este caixa terá de ser fechado. Devo pedir à senhora que se dirija ao caixa ao lado!". Minha mãe ficou muito feliz, satisfeita e contente com a notícia. Querendo matar o gerente maldito ela disse:"Como assim? Estamos aqui plantados esperando essa fila andar, e o senhor vem e fecha o caixa assim?", e então viramo-nos e deixamos o gerente maldito falando com o ar.
    Fizemos exatamente o que o gerente inconsequente disse: juntamos nossas compras e nos dirigimos a um outro caixa.
    A nova fila demorou tanto quanto a primeira. Esperamos a fila andar, até que finalmente chegamos ao caixa que, por sorte do gerente estava normalzinho. Começamos de novo a colocar nossas compras em cima da esteira. Durante o processo Compras->Caixa, me viro e vejo minha mãe vermelha de tanto rir. Pergunto o que está acontecendo mas ela só consegue apontar para a causa de suas risadas histéricas e descontroladas. 
    Me viro para onde ela apontou e lá está ele, O "HOMEM PECULIAR", mas havia uma coisa que é o que fazia minha mãe ter frouxos de risos. Suas calças baixas deixam escapar seu cofre nojento. A cada item que ele retirava do carrinho e colocava em cima da esteira, precisava se abaixar mais um pouco e nos mostrava o que tinha por trás daquela bizarrice toda. A cada abaixada para pegar itens de seu carrinho, furava mais um pouco meus olhos e os de minha mãe.
    Então, a moça do balcão que ainda não havia entendido o motivo de tantas gargalhadas contidas e silenciosas, ficou nos observando para ver se entendia. E ela entendeu. Mas, quando minha mãe se virou para ela para pagar, eu, minha mãe e a moça do balcão nos entreolhamos e começamos a rir os três, descontroladamente. 
    Do supermercado onde estávamos até nossa casa, levávamos uns quinze minutos. Então, foram quinze minutos de crises de risos compulsivos.

DEPOIS DESSE DIA, NÃO DURMO DIREITO (mentira, mas traumatizado eu fiquei! socorro!!!)

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Parabéns na sala


" Professora , é aniversário do fulano!"
"Vamos lá ... Parabéééns pro fulanooo..."

    Uma das cenas que a maioria evita na escola , é o parabéns na sala . Primeiro porque é embaraçoso ter aquele bando de gente mongolóide cantando "parabéns" e te sacaneando , e segundo que , depois de um tempo , os adolescentes vão ficando mais inconsequentes e malucos do que nunca se imaginou.
    A parte legal é : ...NÃO TEM PARTE LEGAL, VÃO TE "TACAR'' OVOS NO FIM DA AULA!" .
    Muita gente hoje está ligado às redes sociais e são esses malditos que os entregam . Muita gente tenta , mas não consegue mascarar sua data de aniversário . Seja mentindo , ou trocando a data nas redes sociais .Mas , tem sempre aquele seu melhor amigo do mundo ... vai ser ele , o primeiro filho de uma égua a te atirar um ovo! Tomem cuidado com esses malditos .

- HORA DA EXPERIÊNCIA - 

    " Não , por favor . Sou alérgico ."
ÉÉÉ NADA ! É SÓ DESCULPA , NÃO ACREDITEM !

    Estava eu , na sétima série ( isso mesmo , não pensem que só porque mudou , devo mudar meu jeito de falar . Acostumem-se . Eu aprendi desse jeito e vou sempre falar do modo antigo!!!) , e em um belo dia , fiquei com vontade , tomei paciência , e comecei a decorar todos os aniversários de todos da minha turma .
    Então , eu passei na companhia ( uma espécie de coordenação de série ) , e peguei a ficha completa da minha turma . Nela constavam as seguintes informações:

- Nome completo ;
- Tipo sanguíneo ;
- Telefones úteis para emergências ;
- Nomes dos pais ; e o mais importante 
- A DATA DE NASCIMENTO !

    Na semana em que me ocorreu o fato , eu ganhei um celular de uma amiga de minha mãe . Separei um tempo e salvei tudo. Tudo mesmo , nada me escapava .
    Era quase que normal eu checar o calendário do meu celular , TODO DIA (os obsessivos-compulsivos de plantão me compreendem ).
    No primeiro aniversário que anunciei , a turma toda trouxe caixas de ovos e sacos de farinha (SEM MALDADE , É CLARO). Era aniversário de uma menina que eu odiava , e como bom vingativo que sou , fui o primeiro a comprar ovos .
    Nathália , era o nome da vítima coitada . Eu fiquei com pena dela (MENTIRA) , e me senti culpado por ter armado tudo aquilo (MUITA MENTIRA) , e não repetiria aquilo de novo nunca (MENTIRA PARA CARAMBA) , principalmente com ela (PRECISO URGENTE DE AJUDA!) .
    Cheguei de manhã cedo no colégio com uma caixa de ovos para fazer uma "festa" (hahahaha , A MELHOR DE TODAS!) , foram passando-se os tempos de aula e Nathália me enchia o saco! Mas , procurei me controlar . E me controlei .
    
... MAS NÃO CONSEGUI ESPERAR...

    Era o sexto tempo de aula de uma quinta-feira chuvosa . Era dia cinco de Março de 2009 . No último tempo , tínhamos aula de desenho geométrico com o professor "Manoel"( um retardado maldito com uma barbicha nojenta , um cabelo grande escroto e um aspecto de sujo do caramba!) , mas nesse dia contei com a ajuda de São Pedro , de alguma forma , porque o professor havia faltado em decorrência do mau tempo . AI MEU DEUS ... O PROFESSOR FALTOU ! 
    A minha sala era quase no meio do corredor , por isso , tinha que ser na ordem certa :

- Monitores saem do corredor -> BAGUNÇA TOTAL

    E foi o que eu fiz . Fiquei na porta conversando com os monitores , e como eles tinham um horário certo de descer , avisei-nos e eles desceram !
    Foi o que eu precisava para desgraçar a vida e o cabelo daquela maldita (Nathália) .
    Foram os cinco minutos mais bem aproveitados da minha vida . Começamos cantando parabéns ( 2 min ) , e ... voou ovo para tudo quanto era lado ... e em impressionantes TODOS os ovos e farinha , acertavam a aniversariante moribunda que não tinha que ter entrado no meu caminho !
    Como não sou bobo nem nada , e sabia que os monitores iriam subir para ver o que se passava na sétima caldeira do inferno ( minha sala ) , eu escolhi perder o resto do fuzilamento para correr para o banheiro que era praticamente do lado da minha sala , para uma retirada estratégica :

- Fuzilamento : 3 min
- Parabéns : 2 min 
- Merdança = 5 min !

    E esse foi o meu surpreendente cálculo :

- Fuzilamento : 1 min
- Parabéns : 2 min
- Merdança = 3 min 
- Tempo para os monitores ouvirem a bagunça e mobilizarem uma subida rápida : 4 min

    EU JÁ ESTARIA DENTRO DO BANHEIRO ME LIVRANDO DAS PROVAS QUE ME COMPROMETERIAM PERANTE O "JÚRI" ESCOLAR.
    E eu fui além disso . Na hora de me desfazer das provas , eu joguei tudo para o banheiro feminino . E fazendo isso , monitorei pela fresta da porta , a ação dos monitores . Entrando na sala , e pegando todos dentro dela em flagrante. Esperei um minuto dentro do banheiro e saí . Quando saí e cheguei na porta , lá estavam todos sendo mandados para o comando ( espécie de diretoria ) e sendo punidos ! Quando cheguei por trás dos monitores e disse que era da sala , eles me olharam de cima a baixo para ver ser eu estava sujo e então chegara a uma conclusão : não me punir por faltar de provas ! FOI O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA. 
    E  a maldita da Nathália deve ter ficado umas duas semanas com o cabelo fedendo horrores a ovo .

SABE QUAL O BOM DISSO TUDO ? 
ARMEI O MAIOR ESCÂNDALO DO ANO NO MEU COLÉGIO E AINDA FUI ELOGIADO POR NÃO TER PERMITIDO QUE OS OUTROS ALUNOS ME INFLUENCIASSEM . 

PS: E AINDA ESTRAGUEI O CABELO DA GAROTA ODIADA EM QUESTÃO!!!