Um Insano no Teclado: Compras de fim de ano

sábado, 10 de março de 2012

Compras de fim de ano




"Não , nesse não se guarda dinheiro . (risada maléfica)"

    Todo mundo com certeza tem uma história de cofrinho para contar. A maioria delas começa com um problema na fiação elétrica de casa, ou até mesmo um problema na internet, o que te fez precisar do auxílio de um profissional da área.
    Muitas também falam da moça "rechonchuda" que aguardava um ônibus no ponto e até aquele técnico de internet ou TV.
    Todas começam engraçadas, só engraçadas, falando sobre o cara das calças baixas que aguardava a sua vez na fila do banco, e terminam hilárias, com muitas crises de risos.

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Estávamos eu e minha mãe na fila do supermercado na época do Natal e do Ano novo (época popularmente chamada de "época de festas"), ou seja, supermercado cheio e consequentemente muitas bizarrices. Mas uma nos chamou a atenção ... nos chamou a atenção coisa nenhuma, FEZ QUESTÃO DE FURAR NOSSOS OLHOS .
    Encontramos com uma figura cômica e bizarra ao mesmo tempo. Era um cara de meia idade, que aparentava ter seus quarenta anos (parecia ser um cara normal, no supermercado, na época do Natal... mas com certeza não era!). Então, este homem possuía uma barba mal-feita nojenta, um cabelo escuro estilo "black-power" de tamanho não tão chamativo, uma barriga de chopp escrota (nada contra barriga de chopp, mas há aquelas escrotas, e há as mais disfarçadas sabe?) e MEU DEUS, dentes muitos separados e uma "monocelha" berrante que mais parecia uma centopeia acima dos olhos esquisitos daquela figura peculiar.
    Foi aquilo o que nos recepcionou bem na entrada de um supermercado onde só se encontra disso nessa época. Minha mãe viu primeiro, coitadinha dela. Depois que a maldita viu e que já havia ficado cega por causa DA COISA, a maldita me cutuca e aponta na direção do "homem peculiar", digamos assim.
    Então, eu olhei para o homem e olhei para minha mãe em seguida. Foi que nem cena de filme sabe? Eu e minha mãe nos entreolhamos e começamos a rir louca e contidamente.
    Depois que nos entreolhamos e rimos "pra caramba", continuamos as compras de Natal, que eram muitas, pois a família de minha mãe vinha comemorar a vinda do "Bom velhinho" de gorro vermelho e a passagem do ano. Nessa época as compras são especialmente esquisitas e exageradas. Uma prova disso foi uma moça que vimos circulando por dentro do supermercado com dois, ISSO MESMO, DOIS carrinhos de compras lotados até o limite de pacotes de rolos de papel higiênico. AI MEU DEUS, aquela moça deve ter sérios problemas com o sistema sanitário de casa, porque pela quantidade de pacotes de papel higiênico que ela estava a adquirir, o sistema sanitário da casa dela devia viver congestionado e/ou entupido. Foi um baque ver aquela mulher aparentemente magra adquirir aquela quantidade absurda de pacotes de papel higiênico. "Vai ver que é por isso que é magra. Preciso bater um papo com ela!", brincou minha mãe, e eu rebati:" Faz isso que eu chamo agora a equipe de um hospício qualquer para te levar "sei-lá-para-onde" à força!". Aquela ida ao supermercado não era para ser normal mesmo.
    Para completar mais um pouco a nossa quota de bizarrice diária, vimos uma família feliz e sorridente adquirir UM CARRINHO CHEIO, INTEIRO "ATÉ A BOCA" de garrafas de um litro de óleo de cozinha. GENTE, O QUE ACONTECE COM AS PESSOAS NESSA ÉPOCA? QUE SELVAGEM!
    O universo ainda não estava satisfeito em destruir e traumatizar a minha vida e de minha mãe. Ele precisava de mais um pouco, precisava "cagar" mais um pouco a minha sanidade mental.
    Após chegarmos ao caixa, vimos a atendente tentar resolver algum problema, o qual não sabíamos a causa. Achamos que não era nada de mais, e começamos a colocar e enfileirar nossas compras na esteira do balcão. Fomos depositando nossas compras na esteira do balcão cada vez mais devagar, porque o problema parecia não ter resolução. Resultado: esperamos em uma fila de supermercado na época do Natal (já podem imaginar o "tamaninho" da bebê!), ficamos ali, por meia hora, e mais meia hora esperando o problema ser resolvido. Depois de ficarmos duas semanas esperando (tá...foi só meia hora...), veio o gerente filho de uma puta e disse para minha mãe:"Tivemos um imprevisto, minha senhora... teremos que resolvê-lo agora e este caixa terá de ser fechado. Devo pedir à senhora que se dirija ao caixa ao lado!". Minha mãe ficou muito feliz, satisfeita e contente com a notícia. Querendo matar o gerente maldito ela disse:"Como assim? Estamos aqui plantados esperando essa fila andar, e o senhor vem e fecha o caixa assim?", e então viramo-nos e deixamos o gerente maldito falando com o ar.
    Fizemos exatamente o que o gerente inconsequente disse: juntamos nossas compras e nos dirigimos a um outro caixa.
    A nova fila demorou tanto quanto a primeira. Esperamos a fila andar, até que finalmente chegamos ao caixa que, por sorte do gerente estava normalzinho. Começamos de novo a colocar nossas compras em cima da esteira. Durante o processo Compras->Caixa, me viro e vejo minha mãe vermelha de tanto rir. Pergunto o que está acontecendo mas ela só consegue apontar para a causa de suas risadas histéricas e descontroladas. 
    Me viro para onde ela apontou e lá está ele, O "HOMEM PECULIAR", mas havia uma coisa que é o que fazia minha mãe ter frouxos de risos. Suas calças baixas deixam escapar seu cofre nojento. A cada item que ele retirava do carrinho e colocava em cima da esteira, precisava se abaixar mais um pouco e nos mostrava o que tinha por trás daquela bizarrice toda. A cada abaixada para pegar itens de seu carrinho, furava mais um pouco meus olhos e os de minha mãe.
    Então, a moça do balcão que ainda não havia entendido o motivo de tantas gargalhadas contidas e silenciosas, ficou nos observando para ver se entendia. E ela entendeu. Mas, quando minha mãe se virou para ela para pagar, eu, minha mãe e a moça do balcão nos entreolhamos e começamos a rir os três, descontroladamente. 
    Do supermercado onde estávamos até nossa casa, levávamos uns quinze minutos. Então, foram quinze minutos de crises de risos compulsivos.

DEPOIS DESSE DIA, NÃO DURMO DIREITO (mentira, mas traumatizado eu fiquei! socorro!!!)

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