Um Insano no Teclado: Pamellando...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pamellando...

   

    Ser estabanado é uma tarefa mais do que árdua, é uma missão impossível, mas eu conheci alguém que não acha o fato de ser estabanado, difícil, mas sim engraçado.
"Pamellar" foi um verbo que eu mesmo inventei. Um neologismo digno de prêmio, pois eu conheço histórias da dona do termo, que se não fossem cômicas, seriam, no mínimo, trágicas.

Eu Pamello
Tu Pamellas
Ele Pamella
Nós Pamellamos
Vós Pamellais
Eles Pamellam

É simples assim…

    Dia desses, meu irmão foi buscar minha mãe no salão de beleza. Esse salão fica localizado no mesmo prédio de um centro de laboratórios. 
    Ele esbarrou com 3 biomédicas, fez amizade e tudo mais. Dias depois, eu e ele encontramos essas mesmas biomédicas, junto com mais duas amigas, numa boate. Elas já não estavam com as faculdades mentais em perfeito estado (não estavam bêbadas, mas elas também não estavam sóbrias. Elas riam muito e falavam muito, muito alto).
    Mesmo não estando sóbrias, e sendo tarde da madrugada quando fomos deixá-las em casa (sim, quatro delas moram na mesma casa, e uma estava visitando… Pamella o nome dela) lembraram de pedir o telefone para manter contato e tudo mais. No mesmo final de semana, eu e meu irmão combinamos de sair com as cinco meninas para um restaurante da cidade, já que era a despedida de quem? De quem? Sim, da Pamella.
    Agora, é aquela hora em que eu conto a história de vida sofrida da Pamella.
Pamella, é uma pós-adolescente que tem os seus 20 (?) anos, estudante de Medicina, que já passou o diabo na mão do azar. Coitada. Ela estava na cidade visitando as amigas de faculdade e tal.
    Eu e Pamella falamos muito, por isso, começamos a trocar muitas ideias. Eu contei as histórias dos meus alter-egos, meus complexos e ela contou da entidade que a acompanha. Essa entidade faz com que tudo o que tenha que dar errado com o ser humano, dê errado justo com ela. Eu nunca ri tanto numa noite só. Juro!
    Ela começou contando que ela é a rainha do escorregão, e que superfícies lisas a perseguem. Depois que eu já estava tendo uma síncope cardíaca de tanto rir, Pamella me vem com mais histórias de fazer qualquer um rir.
São muitas histórias, afinal, passamos algumas horas ouvindo Pamella falar o quão desastrada a vida a fez.
    As que eu mais ri foram as mais trágicas.
    Quando ela começou a contar as histórias, eu pensei que iam ser coisas básicas, mas não… A Pamella realmente sofre muito.

    1- Numa das vezes mais engraçadas em que o universo desgraçou a mente de Pamella, ela estava na balada. Não dentro, mas na entrada. NA ENTRADA! Ela não conseguiu curtir nem um pouco aquela noite, pois quando estava na fila, de cabelo solto e toda produzida, sentiu algo quente no seu ombro direito, escorrendo para suas costas. Quando foi ver, algo verde e não muito cheiroso. ERA VÔMITO. Agora eu pergunto: Como alguém consegue vomitar na pessoa da frente? Por que não vira pra baixo, corre, sei lá, a pessoa da frente não tem nada a ver com o seu vômito. 
    2- Outra vez, lá estava ela, lépida, fagueira, serelepe e pimpona esperando seu pai na saída da escola. Ela viu um carro similar se aproximando, ele parou em sua frente, ela entrou no carro, sentou, e disse: "Pronto, pai, vamos!". Quando ela olhou pro lado, um senhor que ela nunca havia visto na vida, disse em voz calma: "Éh… Eu não sou seu pai.". Querendo enfiar a cabeça debaixo da terra e nunca mais voltar a ver a luz do dia, Pamella pediu desculpas e saiu do carro MOORRENDO DE VERGONHA. 
    3- Como a vida ainda não estava satisfeita de ferrar com sua existência, um dia, no estacionamento da faculdade, ela foi até o lugar onde "havia estacionado o seu carro", pôs a chave na porta, tentou abrir o carro e nada. Forçou, forçou e nada. Olhou para dentro do carro e avistou no retrovisor central, alguma coisa pendurada e pensou "Ah, minha mãe deve ter posto lá…". Convicta de que o carro era seu, ela puxou a maçaneta com força, bateu na porta, forçou mais ainda a chave e nada do carro abrir. Já quase chorando porque seu carro "não gostava mais de ser aberto", ela tomou distância (não para dar uma voadora, mas sim para ter uma visão geral do carro) e percebeu que aquele não era seu carro. ERA O CARRO DO LADO. Na velocidade da luz, Pamella entrou no seu carro de decidiu nunca mais esquecer de dar uma conferida para ver se o carro ainda é o mesmo.
    4- Durante um show, Pamella estava acompanhada de 3 amigos, dois rapazes e uma moça. Pois bem… No meio do show, ocorreu uma briga bem à frente do lugar onde ela estava com seus amigos e, no intuito de salvá-la, um amigo puxou-a para um lado, e o outro fez o mesmo, para o outro lado. A amiga dela, não conseguia fazer nada além de gritar "Amiga! Amiga! Amiga!". 
    Com os dois braços abertos, uma briga rolando à sua frente e completamente desprotegida, o universo veio se encarregar de acabar com a felicidade de Pamella. Para apartar a briga, os seguranças que estavam no meio do "povão", fizeram uso de spray de pimenta, mas o spray de pimenta foi DIRETO no rosto de quem? Sim, dela… Como ela tem asma, o spray de pimenta lhe desencadeou uma reação alérgica no mesmo instante, fazendo com que seu rosto e vias respiratórias inchassem. Lembram da amiga imprestável? Então… Ela conseguiu avisar os rapazes e eles pararam de puxá-la de um lado para o outro, mas só depois de muito desespero.
    5- Um dia ela resolveu sair com as amigas para uma outra boate. No meio da balada, uma amiga (lembram da imprestável do show?) escorregou e caiu no chão, e todos sabem que chão de boate sempre tem caco de garrafa quebrada né?! Pois bem... Pamella, no intuito de ajudar a amiga com o sangramento que havia se formado no pé, pegou em cima do balcãozinho da balada, um copo com "água", mas só depois que a amiga já estava gritando de dor e xingando Pamella, que ela viu que tinha jogado TEQUILA no pé da amiga que estava sangrando.
    6- Voltando de viagem para sua cidade, depois de visitar suas amigas de faculdade, Pamella sentou numa poltrona e, do seu lado, um senhor. Como o voo era de noite, as luzes ficam reduzidas, criando assim, um clima aconchegante para que os passageiros sintam-se à vontade para dormir. Pois foi isso o que o senhor do lado de Pamella fez. Mas ela não contava com o que houve.
    O homem do lado dela, caiu no sono e encostou sua cabeça no ombro dela. Como se já não bastasse a invasão do espaço, ele soltou um ronco alto bem perto do ouvido dela, o que fez com que ela não conseguisse conter o grito que soltou.

    Eu acho que eu nunca ri tanto numa noite só. 
    Não é por nada não, mas eu gosto de conhecer Pamellas e Pamellos… Me fazem crer que não há nada nesse mundo tão azarado, tão estabanado, tão destrambelhado que não possa piorar.
    Vou sugerir à Pamella que ela quebre espelhos e passe por baixo de escadas, quem sabe não vêm ao contrário essas superstições?!

Um comentário:

Anônimo disse...

Hauahuahauahau é essa sou eu :)) so q eu achava q vc ia contar uma historia e nao vaaaarias! Hahahah beijao, adorei compartilhar e conhecer vcs dois ;***